dei a sorte como perdida quando não via o que a minha sombra
alcançava.
dei o fim como ponto de paragem quando no fim da viagem,
não se impunha a coragem.
minha noite até podia vencer se não acreditasse que existe
uma tarde por descobrir. uma tarde.
mais uma para me perder...
olhar de poeta que cativa.
se perguntarem por mim digam que estou longe cantando meus
versos para o universo, para este nada que se vai compondo de palavras, poemas
sem rimas, sem destinatário e sem caminho.
caminho de pernas largas aumentaaaaando a passada para
chegar a mais,
para conhecer mais, contemplar mais neste ritmo de gigantes
que se estende a cada dia.
corre, corre!
vai o mais longe possível enquanto teus pés acompanham tua
dança e o dia para ti ainda é uma admiração.
vê que da tua sombra se constrói um mundo, esse mundo teu,
sombra de contemplação.