sei de uma inquietação.
um toque de rescaldo,
radiante quando se perde
nos braços da promessa.
manhã de dúvida
com sabor a amargura.
sente a ternura do medo,
nas dores de sempre!
prendem mas não mentem
as feridas de um sonho,
onde rosas são dadas a cantar,
onde se orvalham novos poemas de amor.
a casa enfeitou-se com as cores de um sorriso,
dúbio ressalto que se embala nas notas do desassossego.
sente, sente a palavra que se medra nesta arcada
e vive o olhar cativo sem tempo... sem tento,
num destemperamento de gestos e olhares.
nova tarde desta nossa primavera.