aonde o tempo não chega e o céu não habita
há uma terra que sabe a mar e um castelo de esperança que se
constrói.
é lá que corre a pálida e sentida palavra que saltita,
que se entorna e se perde nos olhos dos que, por ela, andam
perdidos.
poder ligar as palavras com a vontade da emoção é renovar
seu sentido:
amar renova-se a cada olhar.
que termo belo e sombrio que nos detém;
morrer não se repete, nem se pronuncia em alta voz.
é uma palavra de lúgubre impregnada;
viver! oh viver! soas a tanto mas resumes-te a tão pouco!
é uma falácia para os que a consomem sem a devida
intensidade;
sonhar, a libido para qualquer idealista.
acreditar no sonho é seduzir o próprio destino (para quem
acredita nele);
sofrer.
esta palavra cansa.
esta palavra cansa.
sofrer cansa!
se pudéssemos fazer uma pausa em cada sofrimento extrairíamos
maior proveito da sua dor.
(...)
as palavras são uma prova de alma,
componente da razão.
poder viver cada palavra cantada é aumentar sua força,
eco perpétuo na sorte do seu entendimento.