quarta-feira, 9 de maio de 2018

Movimento


Com este manto de negro encardido 
Me resguardo do frio que a destreza acompanha.
Regra que me tem impedido
De rasgar voz pelo eco da minha montanha.

Hoje navego no que o dia dá sem pressa,
Grito cansado que se conforma com o tempo.
Canto o que na tela branca se expressa,
Um gesto que aguarda movimento. 

Oh Cor! Querida mas triste em vida!
Leva o que da minha paisagem vez.
Encontra a minha a sorte que anda perdida
Nos pincéis dos rebeldes de cem porquês. 

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Quanto falta em tempo?


Quanto falta em tempo? 
Fala-me a verdade. 
Já não tem encanto
E sonho é tanto 
Sem liberdade.

Quanto falta em vida?
Diz-me se é loucura.
Sorte tão pouca,
Vida tão louca 
Que pouco dura.

E jamais me mintas,
Sei aonde moras.
Junto da terra
Que te entrerra
Em poucas horas.

Não te faltem armas,
Dia demoroso.
Enquanto lutas 
Sem Culpas, 
Vigoroso.

Esconde-te na esquina 
Enquanto falas.
Se alguém sabe 
É algo grave.
Porque não te calas?