terça-feira, 4 de maio de 2021

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Não chegaram a nascer...
São frutos do desencontro.
Não partiram para este lado da vida,
Para esta descoberta dos sentidos.
Não têm forma,
Não se lhe conhecem intenções.
Uma breve anulação da vontade
Onde, a probabilidade, não lhes reclamou justiça.
Ilusões canceladas,
Pelas mil sentenças administradas.

O que é feito do que não existe?
Onde está o nada que não foi iluminado 
Pelo desejo da matéria?
Como se forma a forma 
E onde repousa a coisa nenhuma?
A supressão do ser nunca vivo 
Sentirá injustiça por nunca viver?

Desliguemos as luzes
E fechemos os olhos para sentirmos
O que não existe.
Na ausência mora a possibilidade não colhida.