domingo, 22 de abril de 2018

Na nossa noite


Entoados os versos pela sala de um sonho robusto que, pela noite, se perderam.
Verdes como as rígidas árvores que se emparelham, dançam conforme o vento.

O vento dos nossos dias não se cansa de nos ensinar que 
Por debaixo da nossa sombra existe uma luz completa. 
Por cima do que não se vê, camada de forma, existe um sonho de ser,
De pertencer no melhor possível, no máximo possível à verdade.

A identidade do sonho é vista como as árvores emparelhadas e as folhas de Outono derramadas: 
Apenas é! 
Com todas as suas formas, com todas as suas rugas de expressão e desejo. É.

Os versos que se cantam pela sala são os versos da vontade. 
Felicidade que se procura, num toque tão simples que é ser.
Uma igualdade tão pura como o dia que se apronta, 
Como a noite que se despede após outra noite. 

Na nossa noite quem somos nós afinal?