Quero-me num ato de movimento
Tão delicado e efémero que transbordo
Toda a minha presença num fragmento
De memória, onde escrevo e acrescento.
Tão delicado e efémero que transbordo
Toda a minha presença num fragmento
De memória, onde escrevo e acrescento.
Uma centelha que rasga em agitação
Toda a minha vontade de florescer
Para lá do fim de mais uma estação
De breve história e lá permanecer.
Intento na liberdade de poder significar
Toda a minha versão de existência
E, através da regra da prosa, revelar
A trajetória da minha consciência.