terça-feira, 28 de abril de 2015

Depois de um Sonho

obscura comédia a que me entrego,
num olhar duro de negação.
há uma palavra breve que nego,
um medo que cheira a repressão.
indigesto limite no parecer do outro
crítica repetida de matriz censurada.
caí meu grito entre regras, já morto,
numa luta vulgar que se quer calada.
onde sou eu na pele em que habito
preso pelo desejo austero?
meu limite não se molda pelo restrito,
está acima da lei que eu tolero.
poema rebelde na canção do resistente.
grita sem rede, encontra a verdade!
encerra o silencio num final carente,
depois de um sonho, um sopro de liberdade.

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