terça-feira, 5 de abril de 2016

Mar

oceano, meus olhos cor de mar,
azul de sol, sede e maré.
corrente, o sonho de remar,
sábio perdido em tanta fé.

nada na onda, no seu sentido,
mergulha no mar, pobre pescador.
navega Oh! barco destemido,
encontra de novo teu criador.

regressa a casa, brando veleiro.
a tempestade voraz já se cruzou.
e dessa viagem, de tom primeiro,
só esta palavra nos restou:

já não sou rio, sou moinho de certezas,
sou água, sempre translúcida de sonhos.

corrente de vida
que soube desaguar,
nada lhe ficou porque hoje é mar.


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