sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Noite Fria

noite fria, o sonho congela…
imponentes mestres do enregelar, 
congelaram a sorte pela fortuna.

consumiram e corroeram a vontade do outro
pela tristeza que há em ser-se apenas.
dóceis cães famintos
que continuam a correr pela carne. 

que a vulgaridade vos intitule, 
pobres animais.
cães famintos,
exploradores da desgraça,
desgraçados!
poderosos senhores do nada,
cheios de nada,
imaginam-se felizes com a justificação do marketing consumista.
pobres senhores do poder.
mais um zero para justificar a vossa pobreza
que é certa quando a verdadeira fome chegar.
o tempo se manobra e a fome é imperdoável. 
falo da fome da verdade,
a fome do conhecimento,
a fome da cultura e da justiça. 
não haverá maior justiça do que aquela que não vem de contenda
mas que se contraí pela simples
impotência humana: o fim!
personagens sem conteúdo.
seres vazios,
cheios de fome de ter.

deixem passar a manha de frio.
a minha fome é outra.
faça-se arte!


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