sábado, 21 de setembro de 2024

Urge-me

Tudo quanto existe é tingido pelo desgosto.

Toda a lástima é carregada pelo inerte,

Pela pedra que chora e pela terra que inflete.

O peso da memoria é renovada em composto.

 

Um lugar sereno de arrefecida natureza,

A abundância é ausência em putrefação.

Entra o termo e arruma-se toda a condição.

A leveza fica objeto, nutrimento da bicheza. 

 

Num corte de tempo tudo fica dejeto.

Urge-me a vida, vivo-me inquieto.


 

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