sábado, 9 de novembro de 2024

Acudam-me a vida

É absurdo olhar em frente
Se agitado em cama quente,
Penso: ‘A morte está a chegar.
É o fim! O não-ser vai regressar.’
 
O corpo remexe neste futuro,
Permite-se ao pavor, prematuro. 
Há fragilidade nesta aflição:
‘Morrerei esta noite? Talvez não.’
 
‘Acudam-me a vida, a minha existência!’
Fecho os olhos e adormeço com a dormência.

 

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