sexta-feira, 9 de maio de 2014

Casa de Sonhos

com voz doce e calma,
num tom quase impiedoso,
canta minha alma
a ânsia do caminho duvidoso.

canta o vazio,
a pasma paz com que me deito
e jaz a esperança roubada,
sonho perdido por defeito.

cantam ladrões, poetas,
canções de outras histórias.
passagens, palavras incertas,
fugidas na sede das memórias.

perde-se em mim a cantiga
de alicerce universal.
casa de sonhos erguida,
num cansaço de si habitual.

canção do rapaz sonhador tocada,
cantada com mil olhos de esperança.
brilhando a fuga numa nova alvorada,
a seu tempo voltarei a ser criança.

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