Debilitado,
entre as janelas que se encerram no meu julgamento,
eu me movimento num dançar lento,
à espera da reconstrução da minha jangada de alento.
entre as janelas que se encerram no meu julgamento,
eu me movimento num dançar lento,
à espera da reconstrução da minha jangada de alento.
Na safra da procura de sentido me semeio.
No tempo que se desenquadra da estação me anseio,
frágil, impotente, impaciente.
No tempo que se desenquadra da estação me anseio,
frágil, impotente, impaciente.
Corre-me nas veias a perene busca de contentamento.
Quando houver silêncio lançarei minha bandeira branca sobre o vento
para me render ao juízo que se reinventa pelo tempo,
rebaixando-me uma vez mais à palavra semeada.
Quando houver silêncio lançarei minha bandeira branca sobre o vento
para me render ao juízo que se reinventa pelo tempo,
rebaixando-me uma vez mais à palavra semeada.
Sou aquela flor perdida num prado verde.
De luz me faço, ainda assim frágil,
com receio que o impulso me desfaça a ágil
folhagem com que o medo e a passagem
me ocultam do sol.
De luz me faço, ainda assim frágil,
com receio que o impulso me desfaça a ágil
folhagem com que o medo e a passagem
me ocultam do sol.
Prendi minha cedência no cais da incerteza,
Eis minha força perante tal tristeza,
ode incompleta que dá um novo rastilho à vontade de futuro,
aquela que se estende na viagem a que eu me aventuro,
que se prende na passagem entre os corações que se rematam à coragem.
Eis minha força perante tal tristeza,
ode incompleta que dá um novo rastilho à vontade de futuro,
aquela que se estende na viagem a que eu me aventuro,
que se prende na passagem entre os corações que se rematam à coragem.
Ode deserta, sem temperamento.
Que fugaz juiz me julga perante tal pensamento?
Que será feito da emoção se minh’ode recita o conhecimento?
Que fugaz juiz me julga perante tal pensamento?
Que será feito da emoção se minh’ode recita o conhecimento?
Cuidado,
recita, sedente de futuro
a ode carente de presente,
avançando na contente
corrente de reconstrução.
recita, sedente de futuro
a ode carente de presente,
avançando na contente
corrente de reconstrução.
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