Eis o que sobra na despedida:
a ausência da flor em chão desfeito;
a mão que se perde na longa descida;
o eco do tempo e a raiz do seu feito.
O corpo é oculto no vão da partida
e o peso que resta perde o seu direito.
A pele do mundo reclama a ferida
e o avesso da alma dilui o defeito.
Esta cinza nada semeia:
só o silêncio conhece
todo o fim que se nega e padece.
a ausência da flor em chão desfeito;
a mão que se perde na longa descida;
o eco do tempo e a raiz do seu feito.
O corpo é oculto no vão da partida
e o peso que resta perde o seu direito.
A pele do mundo reclama a ferida
e o avesso da alma dilui o defeito.
Esta cinza nada semeia:
só o silêncio conhece
todo o fim que se nega e padece.
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