há uma palavra imobilizada em cada livro lido,
em cada música que aquece,
perdido numa tela de cinema,
num jornal engelhado,
numa rua longínqua
onde só a memória subsiste.
em cada música que aquece,
perdido numa tela de cinema,
num jornal engelhado,
numa rua longínqua
onde só a memória subsiste.
há um rastilho de história não vivida,
um momento,
no tempo,
um silêncio não cantado
na respiração vazia,
uma porta que se encerra
num sorriso que se esconde à pressa.
um momento,
no tempo,
um silêncio não cantado
na respiração vazia,
uma porta que se encerra
num sorriso que se esconde à pressa.
há uma promessa que se nega,
uma carta sem destino,
um desejo,
mil contractos,
uma sentença de solidão
e mais dez mil receios que se abraçam.
uma carta sem destino,
um desejo,
mil contractos,
uma sentença de solidão
e mais dez mil receios que se abraçam.
há um silencio que se enfada na corrida,
na sede de viver,
uma chuva descalça sobre a calçada,
um olhar no adeus,
uma tempestade soalheira na tarde despida,
que caminha silenciosa sobre a corrente.
na sede de viver,
uma chuva descalça sobre a calçada,
um olhar no adeus,
uma tempestade soalheira na tarde despida,
que caminha silenciosa sobre a corrente.
há um eu,
caminhando.
caminhando.
Sem comentários:
Enviar um comentário