sexta-feira, 11 de setembro de 2015

II

duas sombras,
dois lugares perdidos,
um passado vedado pelo terror e
um futuro de medo carimbando a
face negra impressa dos jornais.

dois gritos de penitência,
dois espelhos de comoção,
onde o metal ressoou a miséria humana,
arma de pânico,
arremesso de poder vaiado pela rua.

dois tiros,
duas vontades,
uma guerra,
duas guerras...
mais outras tantas guerras que se alimentam de poltronaria.

esta sede maltrata a nossa paz,
esta raiva corrói a nossa vida
e essa fome...
essa fome desencaminha,
mata!
fome do ser,
eu,
mais que os outros.
essa fome de espírito
é uma venda nos olhos dos frustrados.

não sejam os homens tristes que se entregam à estupidez 
entre as balas do sádico contentamento.







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